sábado, 19 de janeiro de 2013

Se você tivesse nascido na Índia seria Hindu! Uma Breve Resposta (Tradução)


Por Paul Copan


Há uma antiga parábola sobre seis Hindus cegos tocando um elefante. Um deles tocou o lado do elefante e disse que era uma parede. Outro homem tocou a orelha e disse que era uma grande folha de uma árvore. Ainda outro homem estava segurando a perna e pensou que fosse um tronco. Outro deles segurou a trompa do elefante e disse que era uma cobra. Um quinto homem segurou a presa e acho que fosse uma lança. O último deles estava segurando o rabo do elefante na mão e chamando-o de uma corda. Todos os homens cegos estavam tocando a mesma realidade mas a estavam entendendo de maneira diferente. Eles todos tinham o direito de interpretar o que estavam tocando da sua própria maneira pessoal, ainda que fosse o mesmo elefante.

Algumas pessoas têm usado essa parábola para difundir sua opinião ou ponto de vista de que nenhuma religião é o único caminho para Deus (pluralismo). Pluralistas acreditam que o caminho para Deus é largo. O oposto disso é que apenas uma religião é realmente verdadeira (exclusivismo).

O que poderia uma pessoa séria e racional dizer em resposta?

- O simples fato de existirem muitas religiões e sistemas diferentes não significa que automaticamente o pluralismo está correto.

- O fato de existirem muitas alternativas políticas no mundo (monarquismo, fascismo, comunismo, democracia, etc.) não significa que alguém que cresça no meio delas não será capaz de ver que algumas formas de governo são melhores do que outras. 

- Este tipo de avaliação não é arrogante ou presunçosa. O mesmo é verdade quanto à religião.
O mesmo tipo de raciocínio também se aplica ao próprio pluralismo. Se o pluralista crescesse em Madagascar ou na França Medieval, ele não seria um pluralista!

- Se nós somos culturalmente condicionados no que diz respeito às nossas crenças religiosas, por qual razão o pluralista deve acreditar que sua visão é menos arbitrária ou condicionada do que a dos exclusivistas?
Se a fé Cristã é verdadeira, então o Cristão estaria em uma posição melhor do que o pluralista para assertar o status de outras religiões.

- Como o pluralista sabe que está correto? Embora ele declare que outros não conheçam a Realidade Última como ela realmente é, ele implica que saiba. (Dizer que a Realidade Última não pode ser conhecida é uma declaração de conhecimento.)

- Se o Cristão precisa justificar as declarações do Cristianismo, as visões do pluralista precisam de tanta substanciação quanto.

Se não podemos conhecer a Realidade como ela realmente é, porque pensar que você existe em absoluto? Porque não tentar simplesmente explicar as religiões como manifestações puramente culturais ou humanas sem ser nada mais do que isso?


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